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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Coincidência e sintonia




Essa foi ótima. Ontem ao ler o jornal, acabei por ver uma matéria sobre o Festribal de Juruti/PA.


Trata-se se uma manifestação folclórica de altíssimo nível plástico, coreográfico e musical e que ocorre anualmente, no último fim de semana de julho, naquela emergente cidade do oeste paraense, e que atualmente conta com uma população estimada de 38.000 habitantes. O Festribal começa hoje, 28 de julho, com o show da banda "Bikini Cavadão" e enquanto eu me preparava para iniciar esse post pra falar, justamente sobre esse assunto, eis que toca o telefone e, surpresa, era a Kilza, minha sogra, lá de Juruti.


Amojinho e Chiquito já estávam dormindo e a Kilza não pôde falar com ambos, mas me informou que estavam todos de saída pra acompanhar ao show (certamente a maior parte da população estará por lá pra prestigiar a abertura do Festribal).


Eu já estive em Juruti por duas ocasiões para visitar os avós do Chiquito. Na primeira vez, em 2003, ainda como namorado de Amojinho (começamos a namorar em 1997), pude assistir ao Festribal e ao apoteótico embate entre as tribos Munduruku (vermelha/amarela) e Muirapinima (vermelha/azul). Foi absolutamente lindo! Desde então meu coração passou a ter dois portos. A Juruti de 2003 era uma cidade, então, com menos de 25.000 habitantes e que me cativou já na chegada, quando após 14 horas de viagem de barco a partir de Santarém/PA, pude desembarcar no trapiche e enfrentar a monumental ladeira que separa o nível do Rio Amazonas em relação à sede do Município.


A placidez do lugar, e a simplicidade e simpatia das pessoas, que mesmo sem nos conhecer direito vão abrindo as portas de suas casas, assim como as muitas belezas naturais do local, me conquistaram de tal forma, que jamais esqueço os ensaios de minha tribo, naquela época, realizados com o crepúsculo, em uma quadra de esportes situada a mais ou menos 15 metros do nível do Amazonas. Nossa, como eu queria compartilhar com meu filho aquele pôr-do-sol; o mais bonito que já pude observar em toda minha vida!


O Carlinho e a Kilza, meus sogros, moram lá e é justamente em homenagem a eles esse post, uma vez que a distância geográfica entre nós, não permite que eles acompanhem a todos os passos do neto.


Quiseram os desideratos divinos, que esse casal adotasse Amojinho quando ela ainda tinha mais ou menos três anos de idade, e graças a esse ato de amor, não apenas a família deles passou a ser mais completa, mas também foi desencadeada uma série de eventos que desaguou justamente na criação de minha família. Sem tal cadeia de eventos, por onde andaria Amojinho? Será que eu seria esse homem que hoje sou? E o Chiquito?

Kilza e Carlinho, na verdade, são anjos postos por Deus em nossos caminhos. Com o exemplo deles ratifico minha impressão de que a generosidade efetivamente é capaz de salvar vidas e construir caminhos de felicidade. Que Deus os abençoe (e que o Muirapinima faça o melhor dos Festribais, afinal, meu coração é vermelho e azul)!

Até a próxima.











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