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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Antes e após





Antes, éramos muito felizes e nos sentíamos plenos.


Aparentemente, não necessitávamos de mais nada. Tinhamos o amor de nossos parentes, dos amigos; saíamos bastante e namorávamos muito.





Mas, como sabemos, o ser humano é fruto da inerente entropia que rege o universo, e seja ela divina ou aleatória, jamais paramos de almejar mais, ainda que tal desejo seja um "tiro no escuro".



Então, após planejar o Chiquito e, efim, saber que ele estava a caminho, sonhamos muito e, é claro, tivemos alguns medos: será que tínhamos vocação para sermos pais? Abdicar dos prazeres típicos da vida de um casal sem filhos nos traria algum arrependimento?



Bom, ..., após sua chegada, percebemos de forma insofismável o quanto a vida é cheia de surpresas (por mais que a planejemos!), pois, apesar do fato de não desfrutarmos mais das vantagens que possuem os casais sem filhos, abriu-se diante de nós um mundo novo, cheio de novidades e desafios, e onde as vitórias conquistadas no cotidiano, mesmo não sendo direcionadas diretamente a você - mas sim para o seu filho -, são consideradas como conquistas suas.


É deveras magnífica a constatação de que o amor transcende a própria autopreservação.




Assim, como acredito que aleatoriedade e divindade são elementos complementares entre sí, fica aqui meu agradecimento ao divino, por esse ano maravilhoso que se passou, onde as aventuras de um novo ser que não eu, passaram a ser a maior motivação de meus dias.




Obrigado e até a próxima!







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